KPIs, métricas, dashboards. Se você abrir qualquer empresa, em qualquer setor, vai encontrar praticamente os mesmos números sendo acompanhados. Taxa de conversão. Retenção. Receita. Churn. ROI. É como se todo mundo tivesse copiado a lição do vizinho.
E aí vem a questão que ninguém gosta de encarar: se todo mundo mede as mesmas coisas, de onde vem a vantagem competitiva?
Porque medir igual gera comparações iguais. Faz com que empresas andem em círculos, tentando melhorar o mesmo 1% que o concorrente também está perseguindo. É uma corrida pelo “mínimo viável” da gestão, mas não pela inovação.
A real vantagem está em olhar para onde ninguém está olhando. É ter coragem de formular perguntas diferentes, métricas que de fato traduzem o que faz seu negócio ser único.
Enquanto uma empresa mede apenas quantos clientes ela retém, outra pode estar medindo por que alguns clientes ficam mesmo quando não há promoção, ou qual é a característica comum dos clientes que recomendam espontaneamente a marca. O primeiro número mantém você no jogo. O segundo mostra como você pode reinventá-lo.
O perigo de seguir apenas o que todo mundo mede é cair na ilusão da melhoria contínua que não muda nada no essencial. Você ajusta, corrige, refina, mas continua no mesmo tabuleiro. O verdadeiro salto competitivo vem de criar métricas que revelam ângulos que só você enxerga, e que o concorrente nem sabe que deveria medir.
No fim, a pergunta mais importante não é “quais métricas são as certas?”.
É: quais métricas revelam a essência do meu negócio e não apenas o que o mercado já espera?
Enquanto uns seguem obcecados pelas mesmas tabelas, você pode construir vantagem explorando perguntas que ainda não foram feitas. Porque, em dados como na vida, a resposta só é valiosa quando nasce de uma pergunta que ninguém teve coragem de fazer.
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