Toda empresa precisa de inteligência. BI não é só ferramenta, BI é processo

Imagine um atirador tentando acertar um alvo de olhos vendados, ele pode até dar sorte uma vez ou outra, mas dificilmente terá precisão, consistência ou controle. Assim funciona uma empresa que toma decisões no escuro, sem dados, sem análise, sem inteligência.

E é aqui que entra o BI (Business Intelligence.)

Mas antes de qualquer coisa, precisamos deixar algo muito claro: BI não é uma ferramenta, BI é um processo.

Muita gente acredita que ao contratar uma plataforma ou gerar um dashboard, já está “fazendo BI”, mas isso é apenas a casca. O que realmente importa está por dentro: a cultura analítica, o processo de coleta, organização, análise e interpretação de dados que sustenta a tomada de decisão.

BI é um jeito de pensar

BI começa antes de qualquer clique, começa com perguntas estratégicas, com a definição do que realmente importa medir, começa com o compromisso de não tomar decisões baseadas apenas em “achismos”, mas sim em evidências reais.

A ferramenta é o meio, não o fim.

Um bom processo de BI envolve:

• Escolher as métricas certas (nem todas importam);
• Unificar dados de diferentes áreas (vendas, marketing, operação, financeiro);
• Criar rotinas de atualização e revisão;
• Interpretar resultados de forma crítica;
• Gerar insights e agir com base neles.

Sem BI, você está apostando

Uma empresa sem BI está presa ao modo reativo, só descobre problemas quando eles viram crises, não sabe ao certo o que está funcionando e o que precisa mudar. Está sempre correndo atrás, sem tempo de pensar à frente.

É como dirigir sem retrovisor, sem farol e sem GPS, você pode até chegar a algum lugar, mas provavelmente vai errar o caminho, perder tempo, desperdiçar combustível e colocar tudo em risco no processo.

O cenário atual do BI no Brasil

Apesar da importância do BI, muitos negócios ainda operam no escuro. Uma pesquisa recente revelou que apenas 22% dos profissionais entrevistados utilizam uma plataforma de BI para acessar dados internos e tomar decisões no trabalho. Além disso, 30% das empresas ainda não adotam nenhuma ferramenta de BI, e outros 25% dos entrevistados não souberam responder sobre o uso na própria organização (Blog da BPartners, 2024).

Por outro lado, empresas que adotam ferramentas de BI integradas têm se destacado. Negócios com BI estruturado crescem até 25% acima da média do mercado, comprovando que investir em inteligência é investir em performance (4APP Tech, 2024).

BI é processo. E processo é rotina.

Você não precisa começar com algo complexo, o erro de muitas empresas é tentar fazer “o BI perfeito” e acabar nunca fazendo nada.

Comece pequeno:

• Um relatório confiável por semana já é BI.
• Um encontro mensal pra revisar indicadores já é BI.
• Um hábito de perguntar “o que os dados mostram?” antes de decidir… já é BI.

O importante é que exista um processo repetível, algo que faça o olhar para os dados se tornar parte da cultura da empresa, e não um esforço pontual quando o problema aparece.

Informação é poder, mas só se for usada com inteligência

Ferramentas sozinhas não salvam, painéis sozinhos não tomam decisões, o que faz diferença é a forma como sua empresa trata a informação como um ativo estratégico. BI é isso: transformar dado em resposta, confusão em clareza, sorte em estratégia.

Quer crescer com consistência, fazer escolhas melhores e antecipar oportunidades? Comece com o processo. O resto vem depois.