Decisão baseada em dados.
Todo mundo fala isso.
Só que na prática…
O que você encontra é um ambiente desorganizado, planilhas duplicadas, métricas inconsistentes e equipes que não falam a mesma língua.
O resultado?
- Métricas que não representam o negócio.
- Dashboards que confundem mais do que ajudam.
- E decisões que parecem “data-driven”, mas que no fundo são puro achismo com visual bonito.
O ciclo vicioso das decisões ruins
Você já viu essa cena:
- A diretoria cobra dados para tomar uma decisão urgente.
- A equipe corre pra montar um dashboard em tempo recorde.
- Junta dados de lugares diferentes, interpreta o que dá, “dá um tapa no visual” e entrega.
- A decisão é tomada.
- Depois descobrem que os dados estavam desatualizados, ou que as definições estavam erradas.
⚠️ A culpa não é da pressa.
É da cultura que ignora a etapa mais importante: preparar o terreno antes de plantar qualquer insight.
A parte chata (e ignorada) do trabalho com dados
Antes de qualquer decisão estratégica, tem que ter:
- Mapeamento de fontes confiáveis
Sem isso, você está comparando maçã com banana e chamando de “resultado financeiro”. - Padronização de conceitos
O que é um cliente ativo? O que é um cancelamento? Se cada área responder de um jeito, o dado nunca vai bater. - Limpeza e integração de dados
Nome duplicado, CPF errado, planilha com 12 abas e sem controle de versão. Você sabe do que estou falando. - Governança clara
Quem atualiza? Quando? Quem valida? Como evitar que alguém sobrescreva sem querer? - Contexto de negócio bem definido
O dado precisa responder a uma pergunta real. Sem contexto, ele é só ruído.
O problema não é técnico. É cultural.
Pode ter Power BI, Python, Snowflake, IA e o que mais você quiser.
Mas se os dados estiverem bagunçados,
as decisões vão continuar imprecisas.
E a confiança nas análises vai ruir.
Mais grave:
👉 Times inteiros perdem tempo justificando erros que poderiam ser evitados com processos simples.
👉 Profissionais promissores se frustram e desistem da área porque só fazem “remendo”.
👉 E empresas perdem competitividade porque vivem apagando incêndio.
A organização dos dados é um ato de inteligência estratégica.
E não é só papel do analista.
- O gestor precisa criar espaço e cultura pra isso acontecer.
- A liderança precisa entender que sem estrutura, não existe escala.
- O analista precisa se posicionar como quem propõe soluções de base, e não só quem “faz gráfico”.
Como começar a arrumar a bagunça?
Aqui vão 6 frentes que fazem diferença:
1. Diagnóstico das fontes
Faça um mapeamento do que existe hoje. O que está sendo usado? O que é confiável? O que precisa ser descontinuado?
2. Dicionário de dados
Crie um glossário simples com as principais métricas e definições. Envolva as áreas. Acredite: esse passo muda tudo.
3. Padronização de nomenclaturas e formatos
Datas no mesmo padrão. Colunas com nomes consistentes. ID unificado. Isso reduz erros e acelera análises.
4. Criação de um pipeline de dados básico
Mesmo que seja no Power Query ou no Excel. Mas estabeleça uma lógica clara de ETL (Extração, Transformação e Carga).
5. Governança mínima viável
Documente processos. Defina responsáveis. Crie uma rotina de atualização.
6. Educação interna contínua
Não adianta só você saber. As outras áreas também precisam entender o valor da estrutura.
A decisão brilhante é consequência de uma base sólida
O insight impactante, o gráfico que vira o jogo, a análise que economiza milhões…
Tudo isso só aparece quando o time tem tempo, clareza e confiança pra pensar.
E isso só é possível se a casa estiver arrumada.
Você pode continuar gastando energia com retrabalho.
Ou pode escolher investir na estrutura que vai multiplicar seus resultados.
Sem comentários! Seja o primeiro.