Nosso cérebro é econômico por natureza. Ele quer fazer o máximo com o mínimo de esforço, como um bom gestor de energia interna. Por isso, desenvolveu um truque: sempre que pode, recorre a atalhos mentais, também chamados de padrões familiares.
Esse mecanismo tem até nome técnico: processing fluency. Ele faz com que o cérebro processe mais rápido informações que já conhece, mesmo que isso signifique “encaixar” uma novidade dentro de um molde antigo.
É por isso que, muitas vezes, interpretamos uma informação nova como algo já visto. Ou tomamos decisões automáticas sem refletir. Isso nos protege do excesso de estímulo, mas também pode nos impedir de aprender de verdade.
Mas afinal, como o cérebro realmente aprende?
Estudos indicam que a forma como absorvemos conhecimento varia muito de acordo com o tipo de experiência. Veja só essa estimativa baseada em práticas educacionais:
• 10% do que aprendemos vem da leitura.
Ler é importante, mas não é suficiente. É uma atividade passiva, e o cérebro tende a esquecer facilmente o que não pratica.
• 20% ouvindo, como em palestras ou podcasts.
Ouvir já engaja mais que ler, mas ainda é limitado se não houver reflexão.
• 30% observando alguém fazer.
A observação ativa começa a construir repertório, mas ainda sem experiência direta.
• 50% vendo e ouvindo ao mesmo tempo.
Quando combinamos canais, como em vídeos explicativos, aumentamos a retenção.
• 70% discutindo com outras pessoas.
Falar sobre um tema exige organizar o pensamento, ouvir perspectivas e sair do piloto automático.
• 80% fazendo, na prática.
A experiência ativa é um dos maiores impulsionadores da aprendizagem. Aqui, errar e ajustar é parte do processo.
• 95% ensinando.
Quando ensinamos, consolidamos o que aprendemos. Precisamos entender tanto o conteúdo quanto as dúvidas que ele pode gerar, e isso exige foco, clareza e domínio.
Ou seja: quanto mais ativo o cérebro estiver no processo, maior a chance de retenção.
Mas e os atalhos mentais?
Eles continuam por ali, tentando puxar tudo para o “modo automático”. Aprender, então, vira quase um ato de resistência. Um treino para ensinar ao cérebro que essa informação merece sua energia.
E é exatamente esse o ponto: aprender dados, estatística e visualização exige atenção intencional. Você não aprende por osmose. Precisa praticar, discutir, aplicar e, sempre que possível, compartilhar com os outros o que aprendeu.
Aprender de verdade é sair dos atalhos mentais e abrir novas trilhas. E a gente tá aqui pra te ajudar nisso.
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