Usar o gráfico certo faz toda a diferença. Mais do que deixar os dados bonitos, é sobre contar a história de forma clara e fácil de entender. Neste conteúdo, você vai aprender como escolher o tipo ideal de gráfico para cada situação e evitar os erros mais comuns na hora de apresentar informações.
Colunas
Aplicável: comparar valores discretos de poucas categorias (≤ 10) em um único período.
Ótima opção: demonstrar rankings, top N, contagem de itens. O eixo X fica legível.
Não tão boa: séries temporais longas.
Inaplicável: proporções que precisam somar 100%.

Barras
Aplicável: mesmas comparações das colunas, mas quando os rótulos são longos ou possui muitas categorias.
Ótima opção: pesquisas de satisfação (“Discordo totalmente → Concordo totalmente”), listas de tarefas.
Não tão boa: comparações cronológicas (tempo flui melhor na horizontal).
Inaplicável: métricas que exigem leitura de tendência temporal.
Linhas
Aplicável: evolução de valores ao longo do tempo (séries).
Ótima opção: KPI diário/mensal, monitorar métricas contínuas.
Não tão boa: poucas categorias sem ordem temporal (barras/colunas ganham).
Inaplicável: dados categóricos isolados.
Combinação
Aplicável: comparar dois tipos de medida na mesma escala ou escalas diferentes (eixo secundário).
Ótima opção: volume (barras) vs. preço (linha) de ações; receita vs. margem.
Não tão boa: quando as séries têm unidades muito distantes e confusas.
Inaplicável: mais de duas métricas – vira carnaval.
Área
Aplicável: mesmas séries temporais, mas destacando acúmulo ou parte-do-todo ao longo do tempo.
Ótima opção: participação de mercado mês a mês.
Não tão boa: quando as categorias se sobrepõem e escondem informações (empilhamento visual).
Inaplicável: comparar valores pontuais sem sequência.
Dispersão
Aplicável: correlação entre duas variáveis numéricas independentes.
Ótima opção: altura vs. peso, custo vs. retorno.
Não tão boa: dados categóricos (não numéricos).
Inaplicável: séries temporais simples (use linha/coluna).
Bolhas
Aplicável: dispersão + terceira métrica no tamanho da bolha.
Ótima opção: análise de portfólio (risco × retorno × valor).
Não tão boa: quando valores têm variação extrema de escala (bolhas anãs versus gigantes).
Inaplicável: mais de ~200 pontos – confusão garantida.
Radar
Aplicável: comparar múltiplas variáveis qualitativas com a mesma escala.
Ótima opção: avaliação de competências, benchmarking de produtos.
Não tão boa: mais de 6 categorias ou muitas séries (vira “estrela do mar”).
Inaplicável: métricas com escalas diferentes.
Pizza
Aplicável: proporção de partes de um todo, poucas fatias (≤ 3).
Ótima opção: market share, divisão orçamentária simples.
Não tão boa: valores muito próximos (< 5 p.p.) – difícil perceber diferença.
Inaplicável: comparação entre vários períodos (é só um instante).
Rosca
Aplicável: mesmo caso da pizza, mas permite camadas ou espaço interno para rótulo.
Ótima opção: KPI central no furo, porcentagens em volta.
Não tão boa: muitas categorias ou camadas empilhadas.
Inaplicável: séries temporais.
Mapa de Árvore
Aplicável: hierarquias e proporções de categorias/subcategorias.
Ótima opção: faturamento por linha → produto.
Não tão boa: diferenças mínimas de tamanho – blocos parecem iguais.
Inaplicável: leitura de tendência temporal.
Explosão Solar
Aplicável: hierarquias em anéis concêntricos, excelente para navegar níveis.
Ótima opção: organograma simplificado, categorias aninhadas.
Não tão boa: quando você quer destacar números absolutos (área não intuitiva).
Inaplicável: dados planos (sem hierarquia).
Funil
Aplicável: processos sequenciais com perda/conversão entre etapas.
Ótima opção: funil de vendas, pipeline de recrutamento.
Não tão boa: quando as etapas não têm relação causal direta.
Inaplicável: métricas independentes entre si.
Cascata
Aplicável: mostrar composição de variação do ponto A ao B (efeitos positivos/negativos).
Ótima opção: reconciliação de lucro, bridge de orçamento.
Não tão boa: muitas categorias (> 15) – difícil de seguir.
Inaplicável: comparação de grupos independentes.
Histograma
Aplicável: distribuição de frequência de uma variável contínua.
Ótima opção: analisar dispersão de salários, tempos de resposta.
Não tão boa: amostras muito pequenas (< 30 observações).
Inaplicável: variáveis categóricas.
Pareto
Aplicável: prioridade de ação (regra 80/20).
Ótima opção: causas de defeitos, fontes de receita.
Não tão boa: datasets com muitas categorias semelhantes (a curva fica rasa).
Inaplicável: dados sem ordens de grandeza distintas.
Boxplot (Caixa e Bigodes)
Aplicável: resumir distribuição (mediana, quartis, outliers) e comparar vários grupos.
Ótima opção: benchmark de desempenho entre turmas A, B, C.
Não tão boa: público leigo que não conhece interpretação dos bigodes.
Inaplicável: amostras com < 5 pontos (estatística furada).
Ações
Aplicável: séries temporais com abertura, máxima, mínima e fechamento.
Ótima opção: mercado financeiro, monitorar commodities.
Não tão boa: dados diários de indicadores simples (use linha).
Inaplicável: métricas sem variação intraperiódica.
Mapa Coroplético
Aplicável: valores agregados associados a regiões geográficas (estados, países, regiões).
Ótima opção: densidade populacional, vendas por estado.
Não tão boa: áreas geográficas muito desiguais (engana a percepção).
Inaplicável: dados sem dimensão geográfica.
Agora que você conhece melhor os tipos de gráfico e sabe quando usar cada um, fica muito mais fácil transformar dados em mensagens claras e impactantes. Lembre-se: o gráfico certo não é só bonito, ele facilita o entendimento, destaca o que importa e ajuda na tomada de decisões. Sempre que for apresentar dados, volte aqui e escolha com consciência.
Sem comentários! Seja o primeiro.